Um incêndio de grandes proporções atinge a catedral de Notre-Dame, nessa segunda feira (15) em Paris. Ela começou a ser construída em 1164 e suas obras foram encerradas em 1345. A “flecha”, torre mais alta da catedral, desmoronou, mas a estrutura do prédio foi salva, segundo os bombeiros.
Não está claro ainda o que o causou, mas ele pode estar relacionado a uma obra que vinha sendo feita no telhado.
Nada melhor que a poesia para poder homenagear esse patrimônio de mais de 800 anos.
O Incêndio
– Lucídio Freitas
O ar queima, o vento queima, a terra queima e abrasa.
ondas rubras de Sol batem fortes na areia…
No espaço nem sequer um leve ruflo de asa,
Passa aos beijos do Sol que fustiga e esbraseia.
Fogo de um lado e de outro e o vento o incêndio ateia,
Da planície a fazer vasto lençol de brasa;
E o fogo sobe e desce, e volta, e mais se alteia,
E abraça e beija, e morde a ossatura da casa.
Nisto um grande rumor pela terra se escuta.
Braços abertos no ar, soluçando, o Castelo,
Se desmorona, enfim, depois de estranha luta.
Velho Castelo Real! ó sombra de outra idade!
Lembras hoje, depois desse horrível flagelo,
As ruínas de Sol no poente da Saudade!
Poesia do site Escritas.org