“Zezinho” como é conhecido Francisco Santa Filho era mais um que fazia parte do grande numero de pessoas não alfabetizadas no país, mas com a ajuda de uma jovem e dedicada “professora”, Zezinho tem ganhado cada vez mais intimidade com as letras.
O idoso trabalha como vendedor de picolé há mais de meio século (começou aos 12 anos) em frente ao Colégio Diocesano, antiga e tradicional instituição particular de ensino do município de Crato, no Ceará.
Sua professora é Bárbara Matos Costas, de apenas 9 anos, que estuda no Diocesano há dois. Ela tem ensinado o senhor a ler e escrever após as aulas.
Ela não esconde seus métodos de ensino. “As vezes, eu escrevo uma palavra com tracinhos para ele cobrir, como ‘picolé’ e ‘amor’. Também coloco as letrinhas para ele juntar”. Barbara tem o sonho de ser médica, veterinária ou masterchef.
Zezinho afirmava que não tinha cabeça pra mais nada, mas hoje celebra seu progresso em meio às aulas com a garota. “Já sei assinar meu nome e juntar algumas letras. Ela me ensina aos pouquinhos e eu vou aprendendo devagar”
Como conta o site RAZOES PARA ACREDITAR:
“Francisco nasceu em Crato em 1951, e nunca deixou o município. Vende picolés desde os 12 anos para se sustentar e jamais teve acesso à educação. A sensibilidade de Bárbara pode ter finalmente rendido a ele uma chance real de estudar. “Com a repercussão dessa história, estamos montando para ele um material de alfabetização. A professora Risélia também está se dispondo a ensiná-lo. Francisco diz que o tempo dele é corrido por conta dos picolés, mas a Risélia está bem disponível. É só ele querer”, diz a coordenadora pedagógica Nágela Maia.”
Nunca é tarde para começar, não é mesmo?