A bolsa foi achada em cima de um banco às 5h30 na cidade de Santaluz, no Noroeste da Bahia, enquanto as garis Eliana dos Santos de Jesus, 35 anos, e Iranildes Ferreira Lopes, 41, trabalham na limpeza da cidade.
Quando a abriram, a surpresa: havia R$ 1.070. “Fiquei muito surpresa e nervosa na hora. Mas, assim que vi o dinheiro, pensei no que minha mãe me ensinou: ‘Se não é da gente, temos que dar para o verdadeiro dono’.
O homem que perdeu a bolsa é o lavrador Petrônio Brito.
Ele havia retirado uma quantia para a mãe, uma idosa de 80 anos e perdeu a bolsa na última sexta, 31.
“Minha colega achou e ficou desconfiada do que era. Olhamos ao redor e não tinha ninguém. Ficamos com receio de abrir. Ela chegou a apertar a bolsa com o cabo da vassoura. Depois decidimos abrir, vimos o dinheiro, conta de luz e até uma receita médica”, contou a gari Irenildes Ferreira Lopes.
A funcionária disse que ficou assustada inicialmente e até preocupada com o que poderia ter na bolsa. No entanto, depois ela disse ter ficado feliz e aliviada por ter ajudado uma pessoa.
O lavrador só sentiu falta da bolsa quando chegou em casa.
O rapaz ainda retornou para a cidade, mas a bolsa já tinha sido recolhida pelas garis e ele achou que não encontraria mais o dinheiro.
“Ele achava que não ia mais recuperar. Quando ele falou que o dinheiro era da mãe, que tem 80 anos, mesma idade da minha, eu me emocionei. Fiquei pensando que ali era o dinheiro dela para pagar as contas e fazer a feirinha. Se não tivesse achado o dinheiro, como iria passar o mês?”
Esse tipo de notícia me faz refletir sobre como ultimamente atitudes comuns viralizam, e não deveriam. Nós seres humanos estamos ficando desacostumados a agir de forma humilde e honesta, e quando essas coisas acontecem ficamos surpresos. O que elas fizeram foi sim um ato maravilhoso, mas não deveria ser incomum.
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