Texto de Ivonete Rosa, publicado em Revista CONTI outra.

Por muito tempo, eu nutri essa ilusão. Já esperei ser curada por alguém, quando minha autoestima era zero e, já acreditei que o meu amor pudesse curar quem se sentia um zero à esquerda.

Eu me desfiz dessa crença, já faz algum tempo.

O amor cura, sim, feridas que outras pessoas causam. Contudo, se o ferido não tiver a autoestima bem alicerçada, o amor do outro não terá esse efeito.

Porque uma coisa é você estar ferido por consequência de uma determinada situação; outra coisa é você ter um péssimo conceito de si mesmo(a) ao ponto de não se sentir merecedor(a) de ser amado(a).

Se você está inteiro e inicia um relacionamento com alguém que se sente indigno de ser amado, nada do que você fizer será o suficiente. Você pode ofertar o seu melhor todos os dias, não vai adiantar, a pessoa não saberá lidar com a sua entrega.

Ela sempre vai achar que ‘tá bom demais para ser verdade’ e, para provar que a paranoia dela faz sentido, ela fará de tudo para sabotar a relação.

Ela vai buscar algum indício, seja lá o que for, para mostrar que você não está fazendo o suficiente. E, caso ela não encontre nada no presente, ela vai fuçar o seu passado, especialmente, nas redes sociais, para trazer algum dissabor.

Ela vai encontrar uma curtida que você deu numa foto de 8 anos atrás e, fará disso um motivo para uma grande crise entre vocês.

A relação será aquela gangorra, aquele sobe e desce, alternando dois dias de bem-estar com uma semana de aborrecimentos.

Até chegar num ponto em que, de tanto desgaste, você vai abandonar o barco, mesmo gostando muito da pessoa. A outra parte, vai chorar, se vitimizar e sair dizendo a plenos pulmões: “Eu não tenho sorte no amor”!

Uma pessoa, antes de iniciar uma nova relação, deve fazer um balanço de como está a autoestima.

É preciso investir em autoconhecimento e, se for o caso, buscar ajudar profissional. Não adianta mudar de parceiro, se ainda não aprendeu a se relacionar.






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