Além de ter um dos nomes mais legais do reino animal, o Besouro de Ferro possui um dos mais resistentes exoesqueletos naturais. A natureza é maravilhosa!
Uma nova pesquisa publicada hoje na Nature sugere que o diabólico besouro de ferro (Phloeodes diabolicus) possuem exoesqueletos extremamente resistentes, mas quando a pressão literalmente fica muito forte, suas cascas protetoras assumem uma qualidade elástica que resulta em um tipo de alongamento em vez de quebra.
Os cientistas que fizeram essa descoberta – uma equipe da Purdue University e da University of Califórnia-Irvine – dizem que a estratégia única empregada pelo diabólico besouro de ferro pode inspirar a criação de materiais inovadores, ou seja, componentes capazes de dissipar energia para evitar quebras catastróficas.
O diabólico besouro de ferro gosta de se esconder sob as rochas e se espremer atrás da casca das árvores. Esses besouros não podem voar, então eles desenvolveram um par de estratégias defensivas interessantes para se proteger contra predadores como pássaros, roedores e lagartos.
Além de se fingir de morto (uma estratégia clássica e eficaz por si só), esses insetos semelhantes a tanques são equipados com uma das cápsulas mais resistentes conhecidas pela ciência. Esse exoesqueleto é tão forte que esses besouros podem sobreviver sendo atropelados por um carro. De forma mais prática, essa casca protege seus órgãos internos quando, por exemplo, eles estão sendo bicados por pássaros.
Experimentos mostraram que os diabólicos besouros de ferro podem suportar uma força aplicada de 150 newtons, que é 39.000 vezes o seu peso corporal. Se fôssemos comparar isso com os humanos (não é um grande exemplo, dadas as escalas imensamente diferentes envolvidas, mas ainda assim interessante), isso exigiria que uma pessoa de 90 quilos suportasse o esmagamento de 3,5 milhões de quilos, de acordo com um comunicado de imprensa da Purdue.
“Este trabalho mostra que podemos deixar de usar materiais fortes e frágeis para utilizar outros que podem ser tanto fortes como resistentes, dissipando energia quando se quebram”, disse Pablo Zavattieri, professor de engenharia civil em Purdue, em um comunicado da universidade. “É isso que a natureza permitiu que o diabólico besouro de ferro fizesse”.
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