Publicado Originalmente pela Revista Pazes
Entrevista publicada originalmente em Vatican News

O Papa, que acaba de deixar o Panamá (onde ocorreu entre os dias 22 e 27 deste mês a XXXII Jornada Mundial da Juventude), conversou por cerca de 50 minutos sobre diversos temas da atualidade com um grupo de jornalistas, no que foi noticiado pelo Vatican News como a primeira coletiva de imprensa guiada pelo diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti, recentemente nomeado.

Dentre os vários assuntos polêmicos tratados pelo Papa. Dentre eles, tratou-se da educação sexual nas escolas e a questão do aborto, questão sobre a qual o Papa vem, já algum tempo, demonstrando ter opiniões que, no mínimo, destoam da retórica ultra-conservadora de determinados setores da igreja. Confira:

“Creio que nas escolas é preciso dar educação sexual. Sexo é um dom de Deus não é um monstro. É o dom de Deus para amar e se alguém o usa para ganhar dinheiro ou explorar o outro, é um problema diferente. Precisamos oferecer uma educação sexual objetiva, como é, sem colonização ideológica. Porque se nas escolas se dá uma educação sexual embebida de colonizações ideológicas, destrói a pessoa.

O sexo como dom de Deus deve ser educado, não rigidamente. Educado, de “educere”, para fazer emergir o melhor da pessoa e acompanhá-la no caminho. O problema está nos responsáveis ​​pela educação, seja a nível nacional, seja local, como também em cada unidade escolar: quem são os professores para isso, que livros de textos usar… Eu vi de todos os tipos, há coisas que amadurecem e outras que causam danos. Digo isso sem entrar nos problemas políticos do Panamá: precisamos dar educação sexual para as crianças. O ideal é que comecem em casa, com os pais.

Nem sempre é possível por causa de muitas situações familiares, ou porque não sabem como fazê-lo. A escola compensa isso e deve fazê-lo, caso contrário, resta um vazio que é preenchido por qualquer ideologia.”






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